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Martelo Negro

 - Primeiramente sob a designação  de Black Hammer,sentiram

necessidade de mudar o nome para Martelo Negro.A que se deveu tal

mudança?E qual o seu significado, que valores desejam transmitir ao

vosso público?

 

Saudações grotescas!Obrigada, desde já, pela entrevista!

Respondendo sucintamente, a mudança, que aconteceu por sugestão de uma amigo, deveu-se também ao facto de assumirmos com maior veemência a nossa identidade portuguesa, uma vez que grande parte do nosso conteúdo lírico passou a ser escrito na nossa língua materna.Contudo, esta é uma mudança totalmente despida de nacionalismos bacocos e é importante que o refira desde logo.

Quanto a valores, não há nenhum em particular que queiramos transmitir, somos uma banda de heavy metal focada no ocultismo e no culto das nossas próprias personalidades, não acompanhamos modas nem pretendemos pregar a moral. Só nos segue quem quer e tudo aquilo que criamos não é nem tem de ser regra para ninguém!

 

 - São demarcadamente Old School,gostam do som à moda antiga.Mas que

género de metal vos define melhor?

 

Somos uma banda de heavy metal visceral com forte pendor ocultista.Não há rótulo que nos defina melhor, honestamente…

 

 - Quais vossas influências musicais e o que vos inspira a criar?

 

As nossas influências são vastas mas todas elas enraizadas no grande espectro do metal.Trabalhamos com directrizes muito rígidas a nível de composição e focamo-nos, essencialmente, no metal feito até 1985/1986.Posso referir alguns nomes que são óbvios, como por exemplo Sodom, Hellhammer, Celtic Frost, Iron Maiden, Extreme Noise Terror, Discharge, Motorhead, etc, mas posso também afirmar que o nosso imaginário é igualmente habitado por vultos do ocultismo e esoterismo como Aleister Crowley, Anton Lavey, John Dee, Eliphas Levi, etc…

 

 - "Equinócio Espectral",o novo trabalho,transpira punk

blackthrash,sons bem à  antiga.

Qual o conceito do Álbum,sobre o que fala e qual a sua massagem?

 

Este álbum é o primeiro capítulo de uma trilogia chamada “Antimatéria”, explico desde já.A mensagem do disco poderá parecer demasiado óbvia, porém, é totalmente oculta e subliminar, o que significa que as palavras que se fazem escutar no disco talvez digam apenas uma parte da realidade arquetípica do anjo caído. Enquanto mero canal da luciferina voz, não me é permitido revelar muito mais do que isto, lamento !Mas deixo aqui uma sugestão: experimentem tocar o lp de trás para a frente, os mais atentos irão acordar para uma nova realidade apocalíptica.

 

 

 - Quem é o principal compositor  e songwritter?

 

Seria fácil dizer quais os membros mais activos em termos de composição e escrita, mas a verdade é que, tanto as letras como as canções surgem em verdadeiras epifanias de possessão transcendental em que nós não intervimos de forma alguma. Na verdade, nem eu nem os restantes membros da banda nos lembramos de termos composto ou gravado seja o que for, as coisas simplesmente acontecem e nós somos meros avatares de forças superiores que querem que a música aconteça! Martelo Negro é muito mais que uma banda, é uma força metafísica que ultrapassa as nossas limitações humanas!

 

 

 - Onde foram buscar inspiração para estas letras tão "sujas"?

 

Esse é o grande problema das nossas letras (que não são nossas, como expliquei na resposta à questão anterior).As letras de Martelo Negro são, em boa verdade, hinos de redenção total, de libertação humana e espiritual. Aquilo que parece sujo é, na verdade, a iluminação total, as trevas são a redenção, as trevas são a verdadeira luz!As trevas são a nossa candeia!As trevas são o escarro na fronha do divino opressor, o soco final no diafragma de Jeová!

 

 

 

 - O álbum no seu todo ficou como imaginaram que queriam ou falta-lhe

mais alguma coisa?

 

Enquanto primeira parte de uma trilogia que apenas se completará com um segundo e terceiro capítulos, posso dizer que este LP se sente já solitário e quase orfão.

Nesse sentido, sim, falta-lhe algo e estamos já sincronizados com as mais nefastas forças extradimensionais para completar o tríptico armagedónico que, entre outras coisas, irá revelar segredos insondáveis até à data

Enquanto peça singular enquadrada num fragmento de um ciclo ourobórico, sim, o álbum está como imaginado pelos nossos mentores cósmicos.

 

 - Sentem-se completos e orgulhosos com o caminho percorrido por

Martelo Negro até à  presente data?

 

Martelo Negro não é um veículo para a vaidade artística ou orgulho mundano. Somos peças de um puzzle apocalíptico no qual não há lugar a egos ou sentimentos tão terrenos e humanos.

Contudo, apraz-nos o cumprimento zeloso da nossa missão.

 

 - O que falta fazer com Martelo Negro?

 

Essencialmente, falta-nos gravar discos que nos rendam milhões e que nos permitam deixar as lamúrias paupérrimas do portuguesismo funerário!

Gostávamos, também, de gravar um disco em linguagem enoquiana, o que me parece improvável…

 

 

 - O que podemos esperar da banda num futuro próximo?

 

Podem esperar uma coisa apenas: LUZ!

Luz sob a forma de caos, luz sob a forma de trevas, luz sob a forma de carniça atroz!

Desejamos que as pessoas se atrevam a ver para além do negro véu que cobre a vulva sifilítica de Lilith!

 

 

 - Desejam deixar uma mensagem aos nossos leitores?

 

O verdadeiro messias esconde-se nos escombros dos vossos corações! Orai, dia e noite, orai até que se abram as portas para o abysmo final!

Sete, sete, sete!

 

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